terça-feira, 21 de junho de 2016

Bons testemunhos, e sobretudo realistas

Hoje partilho convosco 2 "desabafos"...


  • O primeiro da gravidíssima Carolina Deslandes, que podem ler aqui.


Aqui está um testemunho muito realista do que é a gravidez, mas prepara-te Carolina, porque se a gravidez já tem alguns "espinhos", quando a criança nasce aparecem sempre mais uns quantos...
e então é que depois aparecem os "especialistas em pediatria a falar".


  • O segundo de uma mãe - Inês, cujo testemunho me ajudou muito em alguns momentos difíceis nesta aventura que é "ser mãe".

Deixo abaixo alguns excertos da entrevista à Inês:

Qual foi o pior momento?

No primeiro filho, a chegada a casa; todos os muitos momentos em que, após horas infinitas de choro consecutivo, consegui perceber o grau de insanidade que leva ao “shaken baby syndrome”; todas as vezes em que me senti a pisar a linha de lucidez e tive de o pôr na espreguiçadeira e virar costas para respirar 5 minutos; todas as vezes que senti que o meu filho estava avariado e que eu não sabia ser mãe dele; todas as vezes que me enchi de coragem para sair de casa e assim que chegávamos a algum lado ele começava a chorar e eu me sentia a pessoa mais minúscula possível; toda a solidão em que vivi os primeiros meses.
(...)

O que sentiste que te ajudou?

No Duarte, a única coisa que realmente me ajudou foi aceitar. Aceitar o meu filho como ele era e deixar de o querer mudar. Aceitar que se ele queria chorar ia chorar ao meu colo. Que se queria dormir ao meu colo enquanto o embalava então seria isso que lhe iria dar. Ele continuou a chorar e a não dormir e eu a não dormir com ele. Mas tudo ficou muito melhor apenas por ter aceitado!

E o que não ajudou nada?

Os palpites de toda a gente, o facto de toda a gente achar que tinha uma solução infalível (o que me fazia sentir ainda pior), o facto de ninguém se ter disponibilizado genuinamente para ajudar, o olhar reprovador dos outros (admito que haja aqui uma componente de insegurança minha que me fazia ter esta leitura…); a constatação (tardia) de que muitas mães mentem: os filhos nunca choram, dormem noites inteiras desde que nascem, não fazem birras…alguns desses bebés talvez nem fizessem cocó (ou se o fizessem cheiraria a rosas certamente).


Podem ler a entrevista completa aqui.


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