quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Turbilhão de dúvidas....

Ando num turbilhão de dúvidas.
Esta semana tive consulta com a pediatra... acabei por desmarcar a consulta no neuropediatra, porque era no mesmo dia da consulta da pediatra, com uma só hora de intervalo e a uns bons 60km de distância...

A pediatra receitou sedactif PC, para dar 1 saqueta depois de jantar... que se não funcionasse aumentava para 2, e se continuasse sem funcionar avançaríamos para o atarax...
Não comprei... não quero andar a entupir a criança de medicamentos ou outras substâncias... se o melamil (que é homeopático) não resultou, será que o sedactif resulta? E se não resultar, vou andar a dar atarax a uma criança de 18 meses?

Não me parece nada bem, por isso não comprei... vamos ver como continuam as noites. É claro que eu gostava (e muito!) que ela nos deixasse descansar durante a noite, mas não quero de forma nenhuma estar a comprometer o desenvolvimento dela!

Ainda domingo ela nos deu uma noite terrível, vi-me lixada para vir trabalhar, mas esta noite por exemplo adormeceu às 11h e dormiu seguido até às 5h... bem bom!

A médica diz que ela é uma criança muito agitada, que talvez a creche lhe fizesse bem, mas também disse que a creche iria trazer outros problemas, como as viroses e afins! Diz a médica que como os pais passam o dia fora, ela quer aproveitar a nossa companhia durante a noite... disse-lhe logo que essa teoria não correspondia ao que se passava, porque quando a vou buscar ela começa logo a chorar a chamar a avó. E chora, chora, chora pela avó... por isso, só se ela quiser a companhia da avó também de noite!!!

Vamos ver como as coisas evoluem... eu acho que ela é mesmo assim, e que não vão ser estes "medicamentos" que a vão fazer mudar... a não ser que lhe dê uma dose de cavalo!!
Por isso, há que ter fé que um dia as coisas melhorem, e que esse dia esteja próximo.


terça-feira, 20 de setembro de 2016

Oh vóóóó! Oh vóóóóó!

E pronto, é isto...

A rapariga anda numa fase em que só chama pela avó!
Se lhe digo "apanha os brinquedos", resposta: "oh vóóó, oh vóóó!
Se digo "não faças isso", resposta: "oh vóóó, oh vóóó!
Se a repreendo por alguma coisa, resposta: "oh vóóó, oh vóóó!

É sempre "oh vóóó, oh vóóó!

E a avó também a chama a atenção quando ela faz asneiras, mas mesmo assim ela está completamente "dependente" da avó! Estamos a jantar, lembra-se e começa a chorar a chamar a avó...
Não é uma questão de ciúmes, mas acho que ela sente mais a falta da avó do que da mãe!!


quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Volta e meia e estamos na mesma...

A minha pequena continua no "vai vem das noites mal dormidas"... decidi marcar consulta com o neuropediatra que a pediatra recomendou... vamos lá ver o que ele diz...
A pediatra acha que ela poderá ter algum distúrbio de sono provocado por um possível sofrimento fetal. Ela diz que como estive em indução do parto quase 2 dias que o bebé pode ter entrado em sofrimento.
Eu não sei nada...
Ás vezes ela passa o dia a correr de um lado para o outro e eu acho que ela vai adormecer logo e dormir bem, e é um terror! Demora mais de 1h para dormir e quer sempre alguém com ela no quarto... às vezes sento-me numa cadeira aos pés da cama dela e quase que adormeço sentada!

Outros dias ela dorme uma sesta mais tarde, começo logo a temer que venha uma noite de terror e ela surpreende-me a dormir mais ou menos...
Não sei nada...
Acho que nunca vou saber nada..

segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Cansada...

Ainda à pouco regressei de férias e já ando KO!

No trabalho as coisas não têm sido fáceis, e em casa estão piores ainda. A rapariga não dorme, não dá descanso nenhum... ao fim de quase 1 ano e meio, sinto que estou a chegar ao limite... estou num ponto que sinto que não devia ter tomado a decisão de engravidar, e que era mais feliz quando a pequena não existia... e enquanto mãe, sei que não devia sentir algo deste género...
Todos os dias vemos mães a escrever e a apregoar aos 7 ventos o quão fantástico é ser mãe, e que são imensamente felizes, etc... tudo rosas...
infelizmente todas estas publicações só me fazem sentir pior... fazem-me sentir que não sou uma verdadeira mãe como as outras, que sou um fracasso enquanto mãe...
Fico triste... muito triste...
Esta fase da minha vida não está a ser nada do que eu tinha imaginado... nem está lá perto.
Em alguns momentos quando estou a com a pequena, olho para ela e penso que sou uma sortuda por ter uma filha tão espertalhona, linda... e que ela agora está numa fase muito engraçada, das primeiras palavras, de querer andar sozinha sem agarrar a mão de ninguém...
Reconheço que esta fase é bonita, e que vai passar depressa como tudo na vida... mas por outro lado, só quero que ela cresça e me deixe dormir...

Tento fazer de tudo para ela dormir... era bom para ela, para nós, para toda a gente...
Ainda este fim de semana passei o tempo todo (possível) com ela... demos passeios, estivemos no jardim a brincar, ela esteve na "china" (=piscina) que ela tanto gosta, brincou com a madrinha, esteve com os avós... foi um dia em cheio... e mesmo assim, adormeceu às 21h30 e às 23h40 e já estava a chorar...
Não se aguenta...
Quando olho para trás, para tudo o que já passei, nem sei como aguento esta vida à tanto tempo... se não fossem os meus pais que de vez em quando ficam com ela umas noites para nós descansarmos, não sei se tinha aguentado até aqui...
Ter filhos não é fácil... ninguém sabe para o que vai... a uns saem-lhe uns "paz de alma", a outros uns "pestinhas"....


terça-feira, 16 de agosto de 2016

Estou de volta!

Depois de umas merecidas férias... estou de volta!
Se bem que que tem crianças, as férias não são bem férias... mas dá para mudar de rotina.

A minha princesa, para apimentar mais as férias, apanhou uma virose e deixou de dormir. Voltamos às noites com "party" de 2-3h.
Esta noite, às 4h tive de lhe dar melamil, para ela não me dar um resto de noite de terror...

Tirando isso, passei uma semana na praia e a miúda gosta de praia que se farta. Entretém-se bastante tempo a brincar na areia com as pás, baldes e restante "parafernalha". Também gosta da água, e parece nunca a achar fria.

Agora estamos de volta à rotina.
Espero que o que "estraguei" a miúda nas férias não se repercuta por muito tempo... que ela ficou mal habituada e com muito mimo...

beijinhos

quinta-feira, 28 de julho de 2016

Férias, Férias... falta pouco!

Como já disse anteriormente, a minha "piquena" anda a dormir melhor... só isso já me dá "férias"!!

Mas chega a esta altura da ano e só nos apetece sair da rotina e NÃO FAZER NADA!!
Ainda por cima com este calor.

Este calor é terrível para todos, especialmente para os miúdos. A minha pequena anda cheias de manchas na pele... começou com umas pintinhas, depois começaram a ficar umas manchas vermelhas relativamente grandes e que lhe davam muita comichão.
As manchas apareceram nos braços, à volta do pescoço e do no peito principalmente... já no ano passado, por esta altura, ela teve a mesma reação quando chegou o calor... diz a médica que é normal aparecerem as tais pintinhas, mas que se elas evoluem para as manchas vermelhas que tem de se actuar com algo mais "forte"... neste caso foi com uma pomada com cortisona. A verdade é que em 2-3 dias ela estava muito melhor!
Entretanto deixei de colocar, como tem cortisona não se deve abusar...
Diz a médica que ela pode ser alérgica ao próprio suor! vejam lá!

Agora em agosto vamos 1 semana de férias para a praia... normalmente o tempo é mais fresco e por isso espero que a miúda recupere totalmente...

praia, praia, praia.... falta pouco!

terça-feira, 19 de julho de 2016

E não é que resultou?

Pois bem, acho que posso dizer que a minha princesa está finalmente a dormir melhor...
À 3 noites que não toma o melamil sequer...

Não sei se é o leite, ou o calor, não sei.... sei sim que a miúda anda a dormir melhor e isso é que é importante.

A rotina dela tem sido: banho às 21h (+/-), de seguida o leite (Aptamil Pepti) e depois deito-a na caminha dela. Ela fica lá com a naninha dela, mexe, mexe, mexe, e normalmente adormece por volta das 23h. Às vezes ainda tenho de lá ir pegar-lhe ao colo um bocadinho para ela sossegar, mas acaba por adormecer.

Depois durante a noite, acorda 2 ou 3 vezes, mas vamos lá dar-lhe a chucha e ela lá fica.

Estou tão contente! À vezes nem acredito que as noites de terror que tive durante 15 meses parecem fazer parte do passado!
Espero que assim continue...

terça-feira, 12 de julho de 2016

Falando de vacinas...

Hoje vou falar sobre vacinas...

Hoje em dia existem muitas vacinas (felizmente!), mas ainda nem todas são comparticipadas pelo estado.

No ano de 2015 tivemos a introdução de uma nova vacina no Plano Nacional de Vacinação (PNV), a Prevenar.
Quantos de nós pais pagamos esta vacina... Eu ainda paguei a 1ª dose, mas as restantes já foram pelo PNV. E o "engraçado", é que se fosse eu a pagar todas as doses a miúda tem tomado 4 (por indicação da pediatra), mas pelo PNV as crianças só tomam 3, aos 2, 4 e 12 meses.
A verdade é que questionei a pediatra que me disse que contactou  DGS e que lhe disseram que a partir do momento em que todas as crianças são vacinadas não há necessidade de 4 doses, bastando apenas 3 (abdicou-se da dose dos 6 meses).



Este ano tivemos novidades acerca de novas alterações no PNV:

  • Alteração da vacina contra o HPV, e que vai ser administrada mais cedo
  • Vacina contra a meningite B vai ser administrada gratuitamente a crianças com défice de imunidade
  • Junção de vacinas do programa a administrar aos 2 e 6 meses
(mais informações aqui)


Além destas, existem ainda 2 vacinas que são comummente administradas às crianças, e pagas pelos pais. São o caso da vacina contra o Rotavírus (Rotarix ou outra) e contra a Meningite B (Bexsero ou outra). Esta última é um bocadinho puxada para a carteira (90-95€/dose).

Todos nós, pais, queremos a máxima protecção para os nossos filhos, mas ainda existem "vozes dissonantes" relativamente a algumas vacinas, nomeadamente a Bexsero.
Grande parte dos pediatras recomenda a toma desta vacina aos 3, 5, 7 e 15 meses (ou outro esquema), mas ainda existem alguns que acham que a vacina não é adequada ao nosso país, que os testes foram feitos nos países nórdicos, blá blá blá....

Eu dei esta vacina à minha "piquena". Efeitos secundários: febre baixa.

Segundo a pediatra, a meningite "é um bicho muito mau, e é muito triste ver um criança a padecer da doença e não conseguir fazer nada". Com estas palavras a médica convenceu-me logo a investir quase 500€ para proteger a rapariga.

A vacina do Rotavírus não dei. Como ela está com a avó, não tem irmãos, primos, a médica achou que não era assim tão importante. Mas lá está, conheço crianças que estão com os avós e tomaram na mesma esta vacina.

Um dia destes em conversa com a enfermeira do Centro de Saúde, ela disse que hoje em dia eram diagnosticados cada vez mais casos de doenças auto-imunes (infelizmente tenho um caso num familiar próximo), e que já há quem relacione isto com o facto de hoje em dia vacinar as crianças para tudo e mais alguma coisa... Deixou-me a pensar...

Espero ter tomado a decisão certa.... todos esperamos que as decisões que tomamos sejam as melhores...



sexta-feira, 8 de julho de 2016

Será desta?...

Pois bem.... não é que tenho tido umas noites descansadas?

Uma das últimas foi complicada, porque ela tinha apanhado uma vacina e estava chatita, mas de resto, as noites têm sido bastante boas!

Acho que poderá ter alguma coisa a ver com o leite (já que custa uma fortuna, ao menos que se veja melhorias).
Tenho dado o Aptamil (normal) de manhã, e à noite dou o Aptamil Pepti.
Esta noite, por exemplo, ela não acordou nenhuma vez durante a noite! Nem tomou o melamil a meio da noite nem nada.
Que bom...
Custa adormecê-la, mas depois lá "engrena"!
Estou tão feliz! yupi! yupi!

terça-feira, 5 de julho de 2016

Novidades!

Da última vez escrevi acerca das mudanças que estava a fazer para ver se a minha princesa começava a dormir melhor.

Pois bem, sem o melamil à noite é um inferno para ela adormecer... mas depois dorme até às 2H-3H, o que é bem bom. Acaba por dormir o mesmo nº de horas que dormia quando tomava o melamil, adormece é mais tarde...
Assim que ela começa a ficar agitada e a choramingar dou-lhe 4 gotinhas de melamil, e ela volta a adormecer. Às vezes é rápido, outras nem por isso... mas depois acaba por dormir até às 6H30 - 7H.

Para mim, já é uma melhoria significativa...

O leite Aptamil Pepti comecei ontem à noite. Achei o leite mais "fraquinho"... parecia mais aguado que o outro. Ela não estranhou muito o sabor e mamou a mesma quantidade do costume (ainda bem, porque este leite é a preço de ouro, não se pode desperdiçar!)


Foi um filme para adormecê-la. Comecei antes das 22H e ela só adormeceu às 23H. Já tinha estado na cama, no colo, na cama, no colo, na cama... enfim, é uma odisseia! Mas depois dormiu a noite toda! yupi! yupi! Ouvia-a a mexer-se volta e meia, mas não precisei de ir junto dela, nem de lhe dar o melamil a meio da noite.
Não sei se foi coincidência ou não, a ver vamos!


quinta-feira, 30 de junho de 2016

O que é bom acaba depressa...

Bem, as minhas noites de terror estão de volta....

Entretanto tive consulta com a pediatra e ela disse para fazermos uma experiência: dar o melamil quando ela acorda de noite (normalmente à 1H da manhã) e não lho dar antes de ir para a cama.
Além disso, pediu-me para lhe trocar o leite, e dar-lhe o Aptamil Pepti, porque ela pode ser intolerante à proteína do leite...
Bem, quando na farmácia vi o preço do leite, para uma lata minúscula, ia-me dando uma coisinha má! Mas que seja isso a solução...
Além disto tudo a médica acha por bem que ela faça um EEG para despistar um possível distúrbio de sono. Segundo ela, como o parto teve uma indução longa que poderá ter havido algum sofrimento fetal e estar relacionado com os sonos agitados que ela tem.

Ainda só testei a 1ª medida. Não posso testar tudo ao mesmo tempo, senão fico sem saber o motivo. Para já o melamil durante a noite tem ajudado. Ela acorda, dou-lhe o melamil e ela fica ali um bocado acordada (esta noite foi mais de 1H), mas acaba por adormecer.

Entretanto vou começar também com o leite novo.

Vamos lá ver se é desta que a rapariga começa a dormir.

segunda-feira, 27 de junho de 2016

Ai ai que nem acredito...

Pois é... na última publicação disse que parecia que a miúda estava a mudar, e para me castigar, logo nessa noite, ela acordou às 23H30 e só adormeceu perto das 3H!

Mas tirando esse episódio, as noites têm sido mais tranquilas... ela acorda, vamos lá pôr a chupeta e ela vai ficando... se não fica trago-a para a minha cama e depois que ela adormece levo-a à cama dela (sim, sei que não é um bom hábito, mas para já é uma solução).
Tenho acordado só 2-3 vezes por noite o que é muito bom!

Não sei se é do calor, que a está a pôr mais "mole", ou se é por a avó andar a pô-la a dormir 2 sestas... não sei qual a razão, mas espero que assim continue!

Tenho notado também que ela não adormece tão facilmente à noite (mesmo com o melamil), mas isso compreende-se, porque se ela dorme de tarde é natural que não "aterre" com a mesma facilidade à noite...

Vamos lá ver se isto continua... espero mesmo que sim...

quinta-feira, 23 de junho de 2016

Será que está a mudar?

A minha princesa nas últimas 2 noites só acordou 2 ou 3 vezes... É um marco histórico conseguir dormir tantas horas em duas noites seguidas!

Espero mesmo que isto seja apenas o início de uma mudança... eu era tão mais feliz se conseguisse dormir à noite....

E perguntam vocês: "então que é que fizeste para a criança dormir melhor?"
Resposta: NADA!!

Ou melhor, nestes últimos dias ela tem dormido duas sestas, em vem de uma só... às tantas o ditado popular que diz que "a canalha quanto mais dorme mais sono tem" é mesmo verdade.



Espero mesmo que isto continue... até tenho medo de falar sobre isto... cá para mim a miúda hoje já me vai dar uma noite de terror!

Vamos lá ver se da próxima vez que escrever digo que continuo a ter umas noitinhas mais descansadas!


terça-feira, 21 de junho de 2016

Bons testemunhos, e sobretudo realistas

Hoje partilho convosco 2 "desabafos"...


  • O primeiro da gravidíssima Carolina Deslandes, que podem ler aqui.


Aqui está um testemunho muito realista do que é a gravidez, mas prepara-te Carolina, porque se a gravidez já tem alguns "espinhos", quando a criança nasce aparecem sempre mais uns quantos...
e então é que depois aparecem os "especialistas em pediatria a falar".


  • O segundo de uma mãe - Inês, cujo testemunho me ajudou muito em alguns momentos difíceis nesta aventura que é "ser mãe".

Deixo abaixo alguns excertos da entrevista à Inês:

Qual foi o pior momento?

No primeiro filho, a chegada a casa; todos os muitos momentos em que, após horas infinitas de choro consecutivo, consegui perceber o grau de insanidade que leva ao “shaken baby syndrome”; todas as vezes em que me senti a pisar a linha de lucidez e tive de o pôr na espreguiçadeira e virar costas para respirar 5 minutos; todas as vezes que senti que o meu filho estava avariado e que eu não sabia ser mãe dele; todas as vezes que me enchi de coragem para sair de casa e assim que chegávamos a algum lado ele começava a chorar e eu me sentia a pessoa mais minúscula possível; toda a solidão em que vivi os primeiros meses.
(...)

O que sentiste que te ajudou?

No Duarte, a única coisa que realmente me ajudou foi aceitar. Aceitar o meu filho como ele era e deixar de o querer mudar. Aceitar que se ele queria chorar ia chorar ao meu colo. Que se queria dormir ao meu colo enquanto o embalava então seria isso que lhe iria dar. Ele continuou a chorar e a não dormir e eu a não dormir com ele. Mas tudo ficou muito melhor apenas por ter aceitado!

E o que não ajudou nada?

Os palpites de toda a gente, o facto de toda a gente achar que tinha uma solução infalível (o que me fazia sentir ainda pior), o facto de ninguém se ter disponibilizado genuinamente para ajudar, o olhar reprovador dos outros (admito que haja aqui uma componente de insegurança minha que me fazia ter esta leitura…); a constatação (tardia) de que muitas mães mentem: os filhos nunca choram, dormem noites inteiras desde que nascem, não fazem birras…alguns desses bebés talvez nem fizessem cocó (ou se o fizessem cheiraria a rosas certamente).


Podem ler a entrevista completa aqui.


sexta-feira, 17 de junho de 2016

No limite...

Já aqui mencionei que a minha princesa me dá más noites desde sempre...
Se viesse cá escrever sobre elas cada vez que acontecem as "noites de terror", vinha cá escrever quase todos os dias.

Esta noite foi mais uma noite daquelas que me leva ao limite da paciência, das forças...

Se não fossem os meus pais que muito me ajudam, não sei o que seria de mim...

Sinto falhada enquanto mãe. Não sei o que mais fazer para ver se a miúda dorme. Esta noite deitei-a pouco depois das 21h30 (com a ajuda do melamil, como habitualmente) e às 23h e pouco já ela estava a chorar. A partir daí foi um corridinho pegado para o quarto dela, em intervalos de 30min... Ninguém aguenta!

Esta semana experimentei dar-lhe chá de alface... li algures que fazia maravilhas...
Na 1ª vez que lhe dei o chá ela não apreciou muito, mas depois ainda bebeu aí uns 50ml, e a verdade é que nessa noite só me levantei 2-3 vezes. Acordei toda entusiasmada! Ela tinha feito um sono das 21h30 até às 2h... o que é bem bom!
Mas como em tudo na vida, o que é bom acaba depressa, e na 2ª noite (noite passada) voltamos às noite zombie!
Tenho a sensação que com ela nada funciona! As coisas só resultam a 1ª vez e depois o corpo dela parece que resiste!
Com o chá de camomila, com o melamil e com o chá de alface foi assim... a 1ª noite faz efeito, depois ela adquire qualquer resistência e mais nada faz efeito.

Estou no meu limite...
Não tenho vida, deixei de fazer uma das coisas que mais gostava (ver séries à noite antes de dormir) porque lá em casa parece tudo maluquinho e quando deitamos a miúda queremos é ir dormir.

Já não posso ouvir as pessoas dizerem que é normal, que há crianças assim... não, desculpem, mas não devem haver muitas crianças assim, porque senão a natalidade era bem mais baixa.
Começo a achar que ela tem algum distúrbio do sono, porque não tem um sono sossegado, está sempre a mexer-se, e quando chora e vamos à beira dela ela atira tudo o que tiver à mão (chupeta, naninha) e esperneia e atira-se contra os limites do berço... este comportamento não é normal, não pode ser!

Volto a sentir aquela ansiedade que sentia no início quando estava a chegar a noite...
Estou esgotada...
Na próxima consulta com a pediatra vou tentar que ela estude uma solução, que me encaminhe para eu neuropediatra, sei lá, alguma coisa tenho que fazer... recuso-me a achar que isto é normal...

Se alguém souber de algo "milagroso" fico muito agradecida!

quarta-feira, 15 de junho de 2016

Algumas verdades sobre a maternidade...

Muitas mulheres falam da maternidade como algo maravilhoso, mas nem sempre é assim.

Deixo aqui um artigo sobre os resultados de um inquérito que o site Baby Center fez a mais de 19.000 mulheres.

Quem se identifica?

Família. Mães confessam os seus "segredos".


segunda-feira, 13 de junho de 2016

Desabafo: Noites de terror

Desde à umas semanas para cá que as minhas noites têm sido de terror.

A pequenota adormece por volta das 22H (com a ajuda do melamil) e acorda por volta das 2 - 3H e depois não quer dormir mais.
Dou-lhe leitinho, não resolve... levo-a para a minha cama, não resolve... pego-lhe ao colo para tentar adormecê-la, não resolve... vai o pai, não resolve... voltamos a a deitá-la na cama dela, não resolve....
Nada resolve! Acabamos por ficar super enervados, porque ela parece que está cheia de sono, mas por algum motivo resiste e não adormece!

Um dia destes, estava super enervada... já estava no limite da sanidade mental! Deitei-a na cama dela e deixei-a lá a ver se ela adormecia. Ela brincava, choramingava, "falava", gritava, chorava, mas não adormecia! Mas por muito que me custasse não fui à beira dela! Acho que ela também se habituou a nós andarmos com ela para trás e para a frente...



Já não sei o que fazer!
Não acho normal uma criança tão pequena dormir tão pouco... ela dorme 1H-1H30 à sesta e depois de noite dorme 4-5H... Não lhe faz bem dormir tão pouco, mas não sei o que fazer para que ela durma melhor!

Ando esgotada... começo o dia logo enervada porque não consegui descansar, e depois vêm aqueles pensamentos de "não devia ter engravidado", "não tenho paciência para isto", "não tenho vocação para ser mãe", "estava melhor quando não tinha filhos"... e todos estes pensamentos fazem-me sentir culpada, porque não é suposto uma mãe pensar estas coisas!

Mas é um facto... uma criança que não dorme é um problema...

Vejo alguns casais que saem com os filhos pequenos (quando digo pequenos, com poucos meses) até às 23-24H e estão "na boa"... eu e o meu marido parecemos uns maluquinhos... temos de estar em casa cedo, deitar a miúda cedo e ir logo a correr para a cama para aproveitarmos as poucas horas que temos! Porque ela acorda à mesma hora, tanto faz deitar-se às 21H, como às 23H.

Gostava de falar da maternidade como uma experiência maravilhosa... mas infelizmente a minha experiência não é assim tão maravilhosa...
Todo este stress já me levou ao psiquiatra, e já pôs o meu casamento em risco... porque não temos paciência para nada... nem para nos "aturarmos" um ao outro.

Escrevo este texto com um aperto no peito... porque a gravidez foi o que foi e por causa disso o momento do parto já não foi aquela felicidade que devia ter sido, e agora todo este stress faz-me sentir "falhada" como mãe...
Queria tanto que a maternidade fosse a experiência maravilhosa com que sonhei.
Não tenho inveja das mães que têm filhos que dormem bem, mas fico triste sempre que vejo a alegria que elas irradiam... queria sentir o mesmo!
Ás vezes acho mesmo que não nasci para ser mãe, e que o problema sou eu e não ela. Depois olho para ela e choro... porque tenho uma filha linda, inteligente, e mesmo assim não me sinto feliz.

É complicado... ando numa "luta interior" à muito tempo...




quinta-feira, 9 de junho de 2016

Chega o verão e... as dúvidas!

Todas já nos deparamos com as dúvidas: será que tem calor? tem frio?

Com a chegada dos dias quentes, ou pior, quando o clima está sempre a mudar, é sempre complicado vestir os nossos pequenotes.

Se eles tiverem calor ficam aborrecidos, mas se tiverem frio podem ficar constipados e é uma chatice!

Nestes primeiros dias de calor, costumo vestir a minha princesa com uma camisolinha interior de alças, ou manga curta e depois uma t-shirt. Apesar de estar calor, as casas ainda não aqueceram assim tanto, e por isso acho importante manterem algo mais chegadinho ao corpo.

À noite, e pela mesma razão, além da camisolinha interior visto-lhe um pijama de manga comprida. Ela descobre-se sempre, e como "à partida" a dormir está quieta, pode ter frio.

Dizem que quando os bebés são pequenos que devemos vestir-lhe mais 1 manga do que o que nós temos vestido, mas acho que isso é mais aplicável no inverno e mais nos recém-nascidos, que estão ali paraditos.
Quando os pequenotes começam a ter mais actividade isso já não deverá ser uma "regra".

Esperemos que o bom tempo seja para ficar, que a princesa tem todo um guarda-roupa fresquinho à espera dela!

E uma coisa importante é colocar protector solar sempre que eles vão apanhar sol. Na minha pequenota, mesmo que ela vá para o exterior mais ao final da tarde coloco sempre protector solar e chapéu!
Ás vezes só nos lembramos do protector solar quando fazemos praia, mas acho que é importante colocar mesmo quando é para ir ao parque ou para outro qualquer lugar ao ar livre. A pele deles é super sensível, e estes primeiros raios de sol de verão podem ser nocivos, por isso, há que prevenir!
E aquelas crianças que "toleram" os óculos de sol também devem usar... dependendo das situações, claro.
Eu nestas coisas acho que vai do bom senso de cada um e claro, do tipo de pele da criança.



Deixo aqui alguns artigos acerca deste tema:




terça-feira, 7 de junho de 2016

Alimentação dos pequenotes...

Hoje decidi escrever sobre a alimentação dos nossos pequenotes...

É certo e sabido que a OMS recomenda que os bebés sejam alimentados com leite materno em exclusivo até aos 6 meses de vida. Também é certo que a maioria das mães vão trabalhar após os 5 meses, e por isso antecipam a introdução dos alimentos sólidos.

A minha princesa iniciou os sólidos aos 4 meses.
Como sofria de refluxo gastroesofágico, e apesar de estar a ser alimentada com leite materno, a pediatra decidiu que a introdução dos sólidos iria melhorar o refluxo e diminuir os vómitos e o constante bolsar.

  • 4 meses: a fruta

Eu estava toda entusiasmada, achei que ia ser chegar ali, ela abrir a boca e eu enfiar-lhe colheres seguidas de fruta! Oh meu Deus! Era mesmo uma inocente nestas andanças... A primeira vez que lhe dei a fruta foi um filme... ela não abria a boca, o que entrava voltava a sair "n" vezes, enfim. Deve ter comido 2 colheres, se tanto. As frutas permitidas eram a pêra e maçã, cozidas ou assadas.


  • 4 meses e meio:  a sopa (sem carne)
O mesmo filme, ela comia umas 4 colheres das de sopa.... e a pediatra dizia que ela devia comer aproximadamente 140ml de sopa... ainda assim, comia melhor a sopa que a fruta (estranho, não?!). A base da sopa era batata, cenoura e alho francês, e depois ia alternando um legume de 4 em 4 dias (para ver se ela fazia alguma reacção a algum).



  • 5 meses: a sopa (com carne)

Pouco antes de completar os 5 meses começaram as sopas de carnes. Eram "permitidas" as carnes brancas: frango, peru, coelho e pato. Nunca lhe dei pato. Consegui arranjar frango e coelho caseiro e por isso apostava nessas carnes. Volta e meia também comprava peru. Ela gostava mais da sopa de coelho.


  • 6 meses: papa (sem gluten)
Comecei com as papas não lácteas. Como tinha leite materno congelado, aproveitava para fazer as papas com esse leite. Comprei papa Cerelac, a que dizia "1ª papa". A pediatra deu-me umas amostras desta papa e de uma da Nutribén (8 cereais e mel), mas desta ela não gostou nada.
Nesta altura também introduziu a vitela na sopa. Por estranho que pareça, passou a ser a sopa preferida dela.


  • 8 meses: iogurte
Os primeiros iogurtes que lhe comprei foi os da Nestlé bebé (na embalagem até diz que são indicados a partir dos 6 meses). Não comprei naturais. A pediatra disse que podiam ser de aromas, e que podiam ser estes, ou então os iogolinos. Como os iogolinos não precisam de frio, achei que deviam ter montes de conservantes e por isso não lhe deu muitos destes iogurtes. Ela no início não gostava nada dos iogurtes, o que não me admirou, porque ela também não aprecia leite e isto é tudo da mesma família. Como o intestino dela não funcionava "como um relógio", comecei a dar-lhe os iogurtes Nestlé bebé de cereais. Na minha opinião foi o melhor que fiz. Ela gostava mais destes iogurtes e além disso ajudavam o intestino a funcionar. Infelizmente não eram muito fáceis de encontrar, e já há algum tempo que não os encontro à venda.

  • 9 meses: sopa (com peixe)
Introduzimos a sopa com peixe ao jantar. Os peixes permitidos eram os brancos, magros, e de mar (pescada, linguado, ruivo, cantaril). Confesso que o que mais utilizei foi a pescada. Tentava arranjar fresca, em local de confiança, ou então comprava ultracongelada.

  • 11 meses: iogurte de aromas e ovo
Passou a comer iogurtes de aromas, Danone ou Mimosa. Ela prefere os da Danone. Pode comer os aromas todos das frutas que come. Ela prefere os de manga.
O ovo comecei por pôr-lhe meia clara na sopa e no dia seguinte meia gema. Comia 1 ovo por semana. A pediatra disse que ela tinha de introduzir o ovo antes das vacinas dos 12 meses, por causa da VASPR. Ela detestava (e ainda detesta) ovo, principalmente a clara. Apesar de eu passar tudo na sopa ela tinha um sensor do caraças na boca e virava logo a cara à sopa. Era um filme.
Nesta altura introduziu também o borrego na sopa (ela adora) e os peixes gordos (salmão, robalo, dourada, cavala, sardinha, etc)

  • 13 meses: o resto...
A partir dos 13 meses a médica disse que ela podia comer de quase tudo. Para facilitar, escreveu aquilo que ela não devia comer: chocolate/gloseimas, fritos, carne de porco, marisco, polvo, figos e maracujá.

Este foi o esquema que segui na alimentação da minha princesa. Claro que há pediatras que têm outras ideias. Tenho uma amiga com um filho da mesma idade e que a pediatra já lhe disse que podia comer carne de porco e tudo o que eles comessem.
Eu tento que ela coma da nossa comida, até para se habituar "à hora da refeição", mas tento não dar-lhe fritos, comidas muito picantes e/ou condimentadas. A sopa dela continuo a fazer sem sal, e ela come sem problemas. Enquanto assim for vai continuar a comê-la sem sal. Ela tem tempo de comer sal. É claro que ela agora está mais atenta àquilo que nós comemos e também quer, mas há que gerir o que lhe damos. E na minha opinião também não podemos ser o 8 ou o 80... 

Deixo aqui um link de um site que tem o "plano" de alimentação no 1º ano de vida. É um pouco diferente, mas lá está, "cada cabeça sua sentença!".
Deixo abaixo também uma imagem bastante ilustrativa de um plano de alimentação para bebés até 1 ano (Fonte: https://mulherxxi.wordpress.com/2013/05/07/tabela-de-alimentacao-para-bebes-de-ate-1-ano/)


segunda-feira, 6 de junho de 2016

O pesadelo das noites mal dormidas...

Quando engravidamos todas ouvimos aquela frase mítica: "aproveita agora para dormir, que depois não podes!"
Quando ouvia isto achava sempre que estavam a exagerar, que não devia ser assim... mas,14 meses após o nascimento da princesa, É MESMO ASSIM! ou pelo menos comigo foi e continua a ser!

A minha bebé sempre dormiu mal. No início não a conseguia adormecer antes das 2h da manhã, e mesmo assim ela às 5h-5h30 já estava acordada e depois os sonos eram de 30min no máximo.
Só por volta dos 3 meses é que consegui começar a deitá-la mais cedo, aí por volta das 24h.
E não era com o que ela dormia de dia, porque ela dormia 30min no máximo depois das mamadas, e nem em todas!
Sabem aquela sensação de "amamentei, pus a criança a dormir e agora tenho um tempinho para mim", não soube o que era isso durante muitos meses. Quando a deitava tinha de ir tirar leite para a mamada seguinte, e assim que tirava o leite, lavava os "utensílios" e afins, ela já estava acordada.
Aí por volta dos 5 meses comecei a conseguir que ela dormisse uma sesta maior... se eu estivesse lá deitada com ela.... e quando eu digo maior, era p'raí 1h.
As noites eram péssimas! Chegava a ficar ansiosa e stressada com o aproximar da noite.
Mas mesmo assim, quando em conversa com outras pessoas, quando dizia que ela fazia um primeiro sono de 3h e depois que era levantar de 30 em 30 minutos no máximo, ainda havia quem dizia "olha que 30min já não é muito mau" A sério!?!? sabem o que é estar a adormecer e acordar, voltar a estar a adormecer e voltar a acordar e isto durante 3-4h e todos os dias!?? Não minha senhora, isto é mau!

Dava banho antes de dormir, deixei de dar banho à noite, dava leite, deixei de dar leite, ia passear ao anoitecer com o carrinho, deixei de ir... enfim, experimentei tudo o que podia! Incluindo aqueles mezinhas que os nossos avós sabem, como pôr as calças do pai aos pés da cama com uma perna do avesso... enfim, nada resultava!
Fiz pesquisa e ouvi falar no Melamil. Falei com a pediatra e ela disse que o melamil era bom para a criança adormecer, mas que se a criança tivesse tendência a acordar durante a noite que isso ia acontecer na mesma. Que havia crianças assim, que depois lá para os 3 anos que costumavam mudar. 3 ANOS!!! Em Dezembro passado consultei uma Homeopata, especializada em medicina integrativa (natural e convencional). Ela disse o facto de ela dormir tão pouco podia estar relacionado com o stress da gravidez. Mandou-me tomar algumas coisas, incluindo omega 3 e dar melamil e biogaia à princesa. Na primeira noite que dei o melamil ela dormiu a noite toda! Pensei "é agora que isto vai ser"... mas foi sol de pouca dura, depois disso nunca mais dormiu assim.
Confirmou-se o que a pediatra disse... o melamil ajuda imenso a adormecer, mas depois ela acorda montes de vezes na mesma.



Resumindo: continuo a dar o melamil. Consigo deitá-la por volta das 22h. Ela continua a acordar "n" vezes durante a noite. Apesar de dizerem que se pode dar mais que as 4 gotas que vêm mencionadas na embalagem, eu só dou as 4... também não quero que a rapariga fique muito dependente do melamil.
Ainda esta noite deitei-a pouco antes das 22h e às 23h ela já estava a chorar... mas fui lá, pus a chucha e ficou mais 2h..
E é assim... no início diziam, "isso são os primeiros 3 meses", como não melhorou começaram a dizer "isso quando ela fizer 1 ano muda" e nada... por isso agora a minha esperança é que mude mesmo aos 3 anos, porque também já ouvi mães que têm filhos com mais de 3 anos que ainda não dormem a noite toda.

A esperança é a última a morrer!

terça-feira, 31 de maio de 2016

Prazer da amamentação... ou não!

Amamentar, amamentar... é mais complicado do que parece!

A minha princesa não mamou da maminha logo que nasceu, como é aconselhado pela maioria dos pediatras. Talvez por isso, quando ela estava na mama, por vezes não sentia que ela estivesse a mamar. Usei mamilos de silicone para tentar facilitar a "pegada", mas mesmo assim ela devia mamar pouco... e deixava os meus mamilos cheios de gretas.
Uma vez estava a sangrar bastante, mas como a medica e as enfermeiras na neo diziam que se podia amamentar mesmo assim, eu dei-lhe na mesma... ela acabou por vomitar. Coitadinha... deve ter ficado nauseada.
No dia seguinte tive a consulta no hospital com a pediatra que lhe tinha dado alta da neo, e ela tinha perdido peso. A médica disse para lhe dar a mama e depois o biberão com suplemento.
Comprei o leite...
Ainda lhe dei leite AR algumas vezes, mas eu sentia as minhas maminhas doridas e cheias de caroços... achava que tinha bastante leite, e que ela não ganhar peso não era por o meu leite não ser nutritivo, ou pouco, mas sim porque ela não mamava (preguiçosa!!) Ela não "abocanhava" bem o mamilo!


As mamas não têm caudalímetro, é uma chatice!
Arranjei uma bomba e comecei a tirar com a bomba e a dar-lhe no biberão...
Ela nunca foi uma grande apreciadora de leite, ainda hoje não é, mas assim eu conseguia controlar melhor o que ela mamava.
Entretanto ela começou a vomitar em jato e a bolsar bastante após as mamadas... fui à pediatra e ela disse que podia ser refluxo. Receitou-lhe o Cinet, para dar antes 20min de todas as mamadas. Os vómitos em jato deixaram de ser tão frequentes, mas ela continuava a bolsar muito.
Sair de casa de carro era um filme... andávamos 100m, a 50km/h e lá vinha o leite todo para fora.

Conclusão, o aumento de peso dela foi sempre pouco, apenas o suficiente para se manter na curva dela (percentil 15). Ainda hoje está neste percentil. A partir do momento que lhe comecei a dar o leite materno no biberão nunca mais lhe dei o leite AR, e a pediatra dizia que como ela se estava a manter na curva dela, que poderia continuar a dar-lhe o LM em exclusivo.

Afinal o meu leitinho era mesmo bom! ela mamava tão pouco e bolsava tanto, e mesmo assim ganhava peso!!

Houve uma altura em que comecei a notar que estava com menos leite... não que não fosse o suficiente para ela, porque ela mamava pouco, mas estava a congelar menos.
Decidi comprar a bomba swing de medela e comecei a usá-la +/- de 2 em 2h para estimular.
Voltei a ter mais leitinho, o que me permitiu fazer as primeiras papinhas dela com o LM.

Usei a bomba até quase aos 11 meses... não foi fácil.. tinha os meus mamilos numa lástima... afinal desde que ela tinha pouco mais de 1 semana de vida que eu tirava com a bomba todo o leite que ela mamava!
Estava cansada de usar a bomba... já não podia ouvir aquele barulho (e ela até é silenciosa!). Para todo o lado que ia tinha de levar a bomba, os biberões, água quente para se fosse preciso aquecer um pouco mais o leite em banho-maria, enfim... era um bocadinho mais complicado... seria tudo mais fácil de ela mamasse directamente da maminha...
Desisti de amamentar no dia em que quando estava a tirar o leite saía mais sangue que leite. Foi a gota de água!... ou melhor de sangue!
Ela já tinha quase 11 meses, já comia outras coisas, e eu já não aguentava mais a "ordenha".
Será que fui má mãe por ter desistido? Talvez haja que considere que sim, mas na minha opinião ter aguentado 11 meses nesta vida já foi um sacrifício muito grande! Estou tranquila com a minha decisão.

Da "experiência" que foi amamentar, as conclusões que tiro são as seguintes:

  • A criança mamar nos primeiros instantes de vida deve ser muito importante para todo o processo (acho que isto foi determinante em tudo o que se seguiu)
  • Quando o bebé começa a usar o biberão, seja com suplemento ou com leite materno, habitua-se "à boa vida", e acho que fica cada vez mais difícil pegar na mama (pelo menos esta foi a minha experiência... depois que comecei a dar o LM no biberão ela deixou de sequer tentar mamar na mama, não se esforçava)
  • Quando o bebé não ganha peso não devemos achar logo que é o nosso leitinho que não é bom ou suficientemente nutritivo. Pode ser o bebé que não está a pegar bem na mama, ou então está a fazer de chupeta. Devemos procurar alternativas
  • A amamentação deverá ser um momento "bom" e não algo doloroso e que começamos a recear. Quando assim é deveremos pensar nas alternativas que temos.
Todas nós queremos o melhor para os nosso bebés, mas para lhe darmos o melhor temos de estar bem. Isso é fundamental!
Deixo abaixo uma imagem que acho que poderá ajudar futuras mamãs.


segunda-feira, 30 de maio de 2016

1ª noite em casa... as dúvidas!

Quando trouxe a princesa para casa, tinha já tudo preparado...
O berço montado ao lado da minha cama e todo "emperiquitado" para receber a nova moradora!!

Quando chegou à hora de deitar a bebé, deitei-a no berço, embrulhadinha numa mantinha para ela se sentir mais "protegida". Era Março, e por isso o tempo ainda estava fresco.
Fiquei cheia de dúvidas se ela estaria confortável, se estava com frio, se tinha calor, etc... ela parecia tão pequenita naquela cama tão grande!!!
Pouco depois de ter apagado a luz, começou a chorar... peguei-lhe e achei que ela devia estar com frio. Ela não parava de chorar!
Deitei-a em cima de mim, na minha cama. Ela acalmou, mas sempre que a tentava deitar, voltava a chorar.
Sabem aquela sensação de estar "completamente perdida?"... era o que eu sentia... não sabia o que fazer... não sabia se era calor, se era frio, se era o facto de estar num ambiente novo, se tinha alguma dor... não sabia, e isso deixou-me muito preocupada e a sentir-me uma inútil!

Fui buscar a alcofa e coloquei-a dentro do berço... e depois acabei por a deitar na alcofa...
Entretanto, ela voltava a chorar e nesta altura achei que também podia ser fome, pois neste tira do berço, põe na minha cama, vai para a alcofa, já tinham passado quase as 3h...

Mudei a fralda, dei a mama... ela estava sempre muito tempo na mama... na altura mal sabia eu que estava lá muito tempo, mas mamava pouco...

Deitei-a na alcofa a dormir, e deve ter dormido aí 1h... depois, nova gritaria! E era sempre assim... chorava, eu pegava nela, dava a mama (se fosse caso disso), ela dormia 30min - 1H e voltava tudo ao mesmo.



Chegou a manhã, e ela estava super bem disposta, e eu e o pai com o sentimento de que tínhamos sido atropelados por um camião!

Nesta altura, ainda havia a esperança que esta noite tivesse sido apenas o início de uma fase que passaria lá para os 3 meses... afinal quando ela estava na neo ela só dormia, e ela preciso acordá-la para mamar... (na altura a enfermeira dizia que lá eles eram todos assim, que era para os pais os quererem levar para casa).

Pois bem, a fase das noites mal dormidas dura até hoje... já ela tem 14 meses... o pai, desde o início que a chama a "rainha da noite".
Já teve altos e baixos, já consegui melhorar algumas coisas, mas ainda tenho noites que passo mais tempo a andar da minha cama para a cama dela ou com ela no colo do que a dormir...

Agora já percebem o título deste blogue??? Pois é, "mãe é como Deus... não dorme!"


sexta-feira, 27 de maio de 2016

Vamos rir??!

Descobri hoje um blogue de um pai com um artigo sobre a chupeta de levar às lágrimas... de tanto rir!

Fica abaixo o link! Muito bom!

Tudo sobre a Chucha – Como dar aos Recém-Nascidos, Comentários de Estranhos na Rua e Estratégias para Tirar


Quando o nosso bebé não fica ao nosso lado...

Este é sem dúvida um assunto sensível... e que provavelmente ninguém espera que aconteça...

Pois bem, a minha bebé quando nasceu não ficou comigo.
Disseram-me que ia ficar na neonatologia 24h, mas acabou ser 6 dias!

É muito triste ver as outra mamãs com as suas crias, e nós ali sozinhas...

A partir das 8h30 da manhã eu podia ir para junto da bebé e ficar com ela até às 24h. O pai também podia estar.
A minha princesa nasceu no hospital público e por azar eu estava na última enfermaria, na última cama! Ou seja, era sempre a última a quem serviam o pequeno almoço... e eu cheia de pressa para ir para junto da princesa. As enfermeiras bem diziam às srªs que tinham de servir primeiro as mamãs que tinham os bebés na neo, mas elas distribuíam o pequeno almoço por ordem e queriam lá saber!
Mas pronto... ainda assim conseguia despachar-me relativamente cedo...

Fonte: http://www.tudodesenhos.com/d/bebe-na-incubadora


Nas primeiras 24h de vida da princesa não a deixaram mamar... queriam ver como reagia o intestino só com o soro, e depois é que introduziam o leite.
Quando ela tinha 23h de vida (era meia-noite), entrou ao serviço um médico que ao ver-me um bocado em baixo disse para eu experimentar dar a mama, a ver se ela pegava.
Ela "abocanhou-se" logo... acho que pela 1ª vez me senti "Mãe"!
Naquele dia fui para a enfermaria muito mais contente e animada... mas mesmo assim continuava com minhocas na cabeça...
Achava que os médicos não me diziam que ela tinha algum problema, porque pensavam que eu já sabia... enfim, só minhoquinhas na cabeça!
Nos dias seguintes eu passei a amamentar a todas, as mamadas do dia. Durante a noite davam-lhe biberão com leite materno (quando eu conseguia tirar o suficiente com a bomba) ou então o suplemento.
A minha bebé era quase a maior bebé que lá estava (nasceu com 3.120kg e 46cm)... os outros bebés eram na sua maioria prematuros, e por isso muito pequeninos! Ela esteve na incubadora 2 ou 3 dias e depois passou ara um berço. Ao fim de 4 dias disseram-me que eu ia ter alta. Que se a bebé ainda não ia ter alta já e por isso não se justificava eu continuar internada. A verdade é que tratando-se de um hospital público, até me deixaram lá ficar muito tempo, porque normalmente quando é parto normal só se fica 2 dias...

O dia que tive alta e vim para casa foi muito triste... vinha sem a minha bebé!
Já era triste, de noite, estar na enfermaria sem ela, mas sabia que ela estava ali no piso de baixo, e que se acontecesse alguma coisa me chamariam e eu estava logo lá. Agora em casa eu estava muito longe!!!
Nos dias seguintes (felizmente foram só 2), pouco antes das 9h já lá estava... as enfermeiras eram quase todas 5 estrelas, e já esperavam que eu chegasse para lhe dar a mama. Assim não tinham de lhe dar suplemento.
No dia que tive alta retiraram-lhe o soro, para ver como ela evoluía e se o intestino trabalhava certinho. Quando eu lá chegava perguntava sempre "então, fez cocó? Dormiu bem? Como é que ela se portou?" As enfermeiras respondiam sempre "está tudo bem mamã... são mesmo perguntas de mãe".
No dia que ela teve alta, de manhã já nos disseram que ela ia fazer um rx e que se estivesse tudo bem que ela teria alta. A pediatra perguntou "vieram preparados para a levar para casa?", eu apeteceu-me dizer-lhe "oh senhora drª, o ovo anda no carro desde o dia que ela nasceu à espera que nos digam que a podemos levar para casa!"
Ao final da tarde tive a melhor notícia - estava tudo bem e podia finalmente levá-la para casa!
Trouxe logo uma carta com a marcação de uma consulta para daí a 3 dias... eu pensei logo "não confiam mesmo em nós para tratar dela... já estão a marcar uma consulta para daqui a 3 dias!!!"
A chegada a casa foi uma excitação. Não dissemos a ninguém, além dos avós que ela ia para casa, para não termos logo toda a gente à espera.
Os avós só a puderam visitar 1 vez na neo, e por isso estavam em pulgas!
Nesse dia recebeu logo muitos mimos dos avós maternos (os paternos vieram só no dia seguinte).

Chegou a noite... a 1ª noite em casa! Um filme!

No próximo capítulo, o filme da "1ª noite em casa... as dúvidas!"

A terminar este post, partilho convosco um vídeo acerca de um bebé que nasceu muito prematuro. Já o vi imensas vezes, e continuo a emocionar-me na parte em que a mãe pega no bebé pela 1ª vez.



Fiquem bem!


segunda-feira, 23 de maio de 2016

A aventura do parto induzido

Continuando o post anterior...

No dia marcado pela médica lá fui fazer nova ecografia. Já fui prevenida com "a mala".
O marido foi comigo, e ainda bem, porque eu estava bastante nervosa.... não era a ida para a maternidade que eu sonhava.

Pois bem, fiz a ecografia e a médica disse que continuava tudo na mesma, que ainda pior um bocadinho. Que dentro da barriga não podia fazer nada, por isso aconselhava a que eu ficasse internada para induzir o parto.
Senti um misto de emoções... por um lado senti alegria por estar a chegar a hora de ir conhecer a minha princesa, por outro tristeza, porque não era assim que eu sonhava que as coisas se desenrolassem.
A médica esteve a ver a dilatação e disse que tinha 1cm... que ia ser fácil as coisas avançarem, mas estava enganada...
Fiquei internada na tarde de 2ª feira. Colocaram-me as cintas para irem monitorizando a bebé e lá comecei com a ocitocina.
Tinha as enfermeiras a vir ver-me constantemente a e perguntarem-me "já sente dores?", mas das dores nem sinal!
Vinha uma metia a mão, dizia que estava tudo na mesma, aumentava a dose de ocitocina e ia embora. Passado um bocado vinha lá outra vez, metia a mão e dizia que continuava tudo na mesma, voltava a aumentar a dose de ocitocina e ia embora... chegou a um ponto que eu já nem as queria ver a entrar no quarto!
Na 3ª feira de manhã, vem a médica e diz que está tudo muito atrasado, que a dilatação não está a aumentar... e dores, zero!
Eu já estava cansada de estar sempre deitada, sempre a medirem a dilatação, sem me deixarem fazer uma refeição... eu já só pensava que era melhor fazerem uma cesariana.
Na tarde de 3ª feira entrou ao serviço uma enfermeira que não esteve com meias medidas... devia querer que eu desocupasse a cama, e então virou-se para mim e disse "vamos lá, senão hoje não nascem bebés" e fez o tão falado "toque maldoso"... aí sim, tive dores... e que dores.
Estava ali sozinha, sem o meu marido (como estavam outras grávidas na enfermaria não podíamos ter acompanhantes), preocupada com o que poderia ter a princesa e via o tempo a passar e as coisas a não avançarem... tive um momento de grande desânimo... só me apetecia chorar!
Só perto das 20h me deixaram sair da enfermaria um bocadinho e ir ter com o meu marido. Mal conseguia caminhar... Estava a falar com o futuro papá e comecei a sentir-me toda molhada... era uma enxurrada de água que não conseguia controlar. Tinha rebentado a bolsa! Era para lá água... não fazia ideia que poderia ter tanta água na barriga!
Voltei para a enfermaria, mudei de roupa e fui "obrigada" a deitar-me... aí sim... começaram as dores... não sei de quanto em quanto tempo é que eram as contracções, mas às 22h30 chamei a enfermeira porque as dores já eram muitas. A enfermeira veio e levou-me para o bloco de partos... esteve a preparar-me (mudar o cateter, etc) e chamou a anestesista.
Depois que levei a epidural chamaram o maridão para junto de mim. A anestesista esteve a dizer que eu ia sentir as contracções na mesma, mas mais "brandas". Que se voltassem a ficar fortes para a chamar.
Perto da meia-noite chamei a enfermeira, por estar a ficar com dores novamente... ela veio e disse que tinha chegado a hora!
A partir daqui foi tudo muito fácil, apesar de eu não ter feito aulas de preparação para o parto, as enfermeiras ajudaram muito, e às 00h59 a princesa já estava cá fora!

Fonte: http://www.partoemrondonia.com.br/2014/07/projeto-para-doulas-voluntarias.html

Não posso dizer que senti uma alegria imensa como acredito que a grande maioria das mulheres sentem, e como eu também esperava sentir. Toda esta situação, a possibilidade da bebé ter algum problema "estragou" o momento... e em vez de alegria, sentia ansiedade e preocupação.
Sentimentos que ainda pioraram com o que se seguiu...
Mal a bebé nasceu levaram-na para dentro, e eu ouvia as enfermeiras a dizer "eu não sabia de nada", "vai buscar o processo"... comecei a ficar muito angustiada...
Trouxeram-me a bebé e disseram-se que ela ia para a neonatologia para observação, na sequência do problema no intestino que tinha sido detectado na ecografia... que era só por 24h, para ver se estava tudo bem, se o intestino funcionava direitinho...
Quando me colocaram a bebé no colo, só lhe conseguia ver "defeitos"... tinha um olho mais fechado que o outro, estava sempre com a língua de fora... enfim... todas as "minhocas" da minha cabeça estavam a vir ao de cima, e acabei por não desfrutar do momento de ter a minha filha pela 1ª vez nos braços...
Lá levaram a bebé para a neonatologia, e eu fui para a enfermaria... sozinha...
É muito triste estarmos sozinhas, e ver as outras mães com os seus bebés... não estava a ser nada como eu tinha sonhado...
Todos estes acontecimentos (gravidez e o antes, durante e depois do parto) marcaram muito tudo o que se seguiu, especialmente os sentimentos que tive e tenho em relação à bebé...
Durante muito tempo não me achei capaz de cuidar dela, sentia que não tinha vocação para ser mãe, que não estava preparada, que nada era como eu imaginava, etc.
Os meus sentimentos, medos e angústias durante estes 14 meses desde que ela nasceu davam para escrever um livro!

Mas isso fica para relatar um pouco mais à frente.

No próximo post "Quando o nosso bebé não fica ao nosso lado..."

Fiquem bem!


sexta-feira, 20 de maio de 2016

A gravidez...

Todas as mulheres, ou quase todas, sonham um dia vir a ser mães... eu não era excepção.
Em 2014, mais ou menos por esta altura, eu e o meu marido decidimos que estava na hora de chamar a cegonha.
Comecei a "devorar" o fórum De Mãe para Mãe. Li tudo sobre as experiências das outras "treinantes", as frustrações, as alegrias... e comecei a fantasiar como seria comigo.
A verdade é que engravidei logo de seguida... tudo parecia estar a correr às mil maravilhas.
Depois dos testes de gravidez positivos (sim, porque fiz mais do que um para ter a certeza!), entramos numa fase que nos sentíamos as pessoas mais abençoadas à face da terra... tudo era maravilhoso, a alegria transbordava, era tudo mel!

Mas como nada é perfeito, a alegria estancou às 12 semanas após o resultado da medição da translucência da nuca... 2,49mm. A partir daí, nada foi igual.
O médico disse para aguardar pelo resultado do rastreio bioquímico, e apesar do resultado ser "Risco reduzido" para as principais trissomias, não fiquei descansada. O factor "idade" tem um peso grande neste resultado, e eu na altura era relativamente nova (27 anos)... para mim, o mais importante era aquilo que era visível na ecografia, e na ecografia a TN era de 2,49mm!! (Sei que há quem tenha valores piores e o bebé é perfeitamente saudável, mas quando é connosco é sempre mais difícil pensar de cabeça fria).
Às 16 semanas, quando eu já estava quase a esquecer o stress da última ecografia, o médico fala-me que a bebé tem hipoplasia da falange média do 5º dedo. Ao início eu nem sabia o que isso era, mas vi logo que não era coisa boa. O médico disse que podia esperar pelas 20 semanas a ver se a situação se mantinha, ou que podia fazer já a amniocentese... foi o que fiz.
O exame faz-se... aquilo é uma agulha enorme, mas naquele momento nós estamos tão preocupadas que o exame corra bem e que o resultado seja o que nós desejamos que nem sentimos nada...
O doloroso é mesmo o tempo de espera... esperei quase 3 semanas pelo resultado... A possibilidade de aborto nunca foi posta em cima da mesa, mas o meu grande receio era "será que vou conseguir amá-la da mesma maneira?" Esta dúvida consumiu-me até ao final, e fez-me sentir culpada por sequer estar a considerar essa hipótese! O "normal" é as mães amarem os filhos acima de qualquer coisa, e o facto de eu pensar que poderia amá-la de maneira diferente se ela não fosse saudável fazia-me sentir muito culpada e revoltada comigo própria.
Apesar do resultado da amniocentese ser "cariótipo normal, 46xx", não fiquei 100% descansada... porque podia ter havido algum engano, terem trocado a amostra, sei lá! (sim eu sei, estava completamente paranóica).
Todo este período foi muito difícil... não escondo que perdi bastante a vontade de comprar coisinhas para o enxoval, de preparar o quartinho dela... por mais que eu quisesse, a vontade não era a mesma. Pensava muitas vezes numa telenovela brasileira que foi em tempos transmitida pela SIC "Páginas da Vida", em que a história girava à volta de um casal de gémeos em que a menina tinha trissomia 21 e após a mãe morrer no parto a criança foi rejeitada pelos avós maternos. Na altura esta telenovela marcou-me muito, e nestes momentos de aflição pensava que  não queria que a minha bebé, no caso de ter T21, se sentisse rejeitada por mim ou por qualquer outra pessoa...
O resto da gravidez correu sem grandes sobressaltos, mas quando eu menos esperava, a "sombra" chegou novamente. Ás 37 semanas fiz uma ecografia no hospital onde a bebé iria nascer. Deveria ser a última. Antes que me dissessem o que quer que fosse, percebi logo que algo se passava... quando um médico nos está a fazer uma ecografia e não responde à pergunta "está tudo bem?" e sai para chamar outro médico.... uhm, algo se passa!
Disseram-me que era visível uma acumulação anormal de mecónio no intestino, o que poderia ser indicativo de uma obstrução intestinal. Além disso, os fluxos da placenta estavam bastante baixos, e o bebé poderia já não estar a ser bem alimentado.
Fui para casa já com outra consulta marcada para daí a 2 dias, e uma nova eco para o dia a seguir à consulta. Caso o "cenário" se mantivesse, deveria ficar internada para provocarem o parto.
Escusado será dizer que cheguei a casa e fartei-me de pesquisar coisas na internet e mais uma vez a possibilidade da bebé ter T21 ou outro problema, como o megacólon congénito, voltava a assombrar-me.
A alegria de estar a chegar a hora de conhecer a minha princesa era novamente abalada...

Este post já vá longo, no próximo relato os acontecimentos seguintes e a "aventura do parto induzido".

Fiquem bem!

quinta-feira, 19 de maio de 2016

Olá a todas(os)!

Começo hoje a minha aventura como "aspirante a blogger"! Não por achar que vou ter muitos interessados nos meus desabafos, mas porque tenho esperança de encontrar alguém que se identifique comigo e com as dificuldades de ser mãe.... e mais que não seja, pôr cá para fora o que vai cá dentro vai sem dúvida fazer-me bem..

Sou mãe! É verdade... às vezes nem eu própria acredito!
A minha vida mudou imensurávelmente desde que a "piquena" nasceu... ou melhor, desde que ela foi concebida.

No próximo post faço um resumo do que foi a gravidez...

Como diz aquela frase mítica do Dragon Ball "Não percam o próximo episódio, porque nós também não!!"

Fonte: http://www.whatsappimagens.com/imagens/desenho-de-bebe